Escola limpa, bem conservada e equipada, com espaços adequados, equipe
comprometida e comunidade atuante em seu cotidiano. Todos esses fatores
são parte do que se entende por uma boa escola. O que nem sempre fica
claro entre os integrantes da equipe, porém, é o objetivo primordial de
buscar um ambiente como esse: oferecer condições para que as crianças,
de fato, aprendam. Para que a gestão escolar seja bem-sucedida, cada
medida tomada deve considerar esse preceito, funcionando como um
verdadeiro filtro para todas as ações.
A maneira como diretor,
professores e funcionários enxergam os alunos é outro ponto que pode
determinar o funcionamento do ambiente. "É muito comum vermos equipes
que parecem lidar com ‘alunos invisíveis’, condenados a usar banheiros
sujos, comer com o prato na mão, de quem se pode falar mal em sua
frente, como se não estivessem lá”, afirma a consultora pedagógica do
Centro de Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), Maria Maura
Barbosa. "O que existe é uma responsabilização do aluno (que é visto
como quem depreda, é mal-educado) ou da comunidade (que é carente e
violenta) pelas más condições da escola.”
O gestor é o
responsável pela criação de um ambiente acolhedor, que viabilize o
trabalho educacional, cumprindo o projeto pedagógico da escola. Mas é
essencial que ele envolva equipe, pais e alunos em torno desse objetivo.
"Todos os atores da comunidade escolar ensinam e aprendem. E os espaços
e práticas atitudinais também educam”, diz Bianca Cristina Correa,
especialista em gestão da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.
Por isso, o
diretor deve estar muito atento ao que se transmite "nas entrelinhas”
dos processos e das relações interpessoais que se estabelecem na escola.
Seu desafio é o de coordenar diferentes gestões - equipe, espaços,
parcerias, recursos - para promover a aprendizagem das turmas. "As
questões burocráticas e administrativas são apenas meios para
concretizar as propostas pedagógicas”, diz Vitor Henriques Paro,
professor titular da Faculdade de Educação da USP.
Nessa
abordagem, o olhar do gestor se volta fundamentalmente para três eixos: a
organização dos espaços da escola (não só o das salas de aula), a
mobilização de uma equipe coesa (que trabalhe para alcançar uma proposta
pedagógica definida) e o estabelecimento de um canal de comunicação com
pais de alunos e a comunidade do entorno. Embora ninguém afirme que
isso seja tarefa fácil, aplicar essa teoria no dia-a-dia talvez não
transforme a instituição numa escola dos sonhos, mas certamente trará
resultados positivos sob todos os aspectos.
FONTE:http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/ambiente-escolar-405729.shtml
NOME: Artur 1ºB
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